12.2.08

Fórum Econômico Mundial: entenda o que a elite mundial faz todos os anos em Davos

Por Frédéric Lemaître
O Fórum de Davos foi criado por um universitário alemão, que mora e ensina na Suíça, Klaus Schwab. Impressionado pelo livro "O Desafio Americano", publicado por Jean-Jacques Servan-Schreiber em 1967, este jovem docente, que havia seguido parte dos seus estudos no Massachusetts Institute of Technology (MIT, uma universidade situada perto de Boston, considerada como a mais importante nos campos das ciências e da tecnologia), pretendia responder àquela obra, lançando um "desafio europeu". Para tanto, ele fundou uma associação, a European Business Leaders (Líderes europeus do mundo dos negócios), e organizou um primeiro simpósio em 1971, financiado entre outros por Raymond Barre (1924-2007, ex-primeiro- ministro francês), então comissário europeu para as questões econômicas.
NÚMEROS
ORÇAMENTO:
Segundo seu relatório anual, o orçamento do Fórum Econômico Mundial é de 70,8 milhões de euros (R$ 186,56 milhões). Esta quantia provém essencialmente dos direitos de adesão (17,2 milhões de euros – R$ 45,32 milhões); dos direitos de participação (18,6 milhões de euros – R$ 49 milhões) e das parcerias (31,5 milhões de euros – R$ 83 milhões).
COTIZAÇÕES:
Existem três tipos de membros, e, portanto, três níveis de cotização. Os membros simples – mas que devem figurar entre os grandes grupos mundiais – pagam 26.300 euros (cerca de R$ 70.000 ) e podem enviar um dirigente a Davos. Cerca de mil membros pertencem a esta categoria.
Além do mais, 230 parceiros industriais pagam 154.000 euros (R$ 405.784) para terem o direito de enviar dois representantes. Algumas sessões setoriais lhes são reservadas, longe dos olhares indiscretos.
Por fim, 93 parceiros estratégicos pagam 309.000 euros (cerca de R$ 814.200) para poder enviar cinco pessoas, das quais quatro dirigentes, a Davos.
Mais de 400 pessoas participaram da primeira edição do fórum, que durou duas semanas. Foi preciso esperar até 1974 para ver políticos serem convidados a Davos, uma estação de esportes de inverno suíça que foi escolhida justamente em razão do seu isolamento. Em 1976, as 1.000 principais companhias mundiais foram convidadas a se tornarem membros da associação.
Neste ano, a 38ª edição do fórum será realizada, de 23 a 27 de janeiro.
Objetivos
A meta inicial – que era de promover um modelo europeu de gestão de empresas – evoluiu. Em 1987, o fórum foi rebatizado com o nome de World Economic Forum (WEF). Um dos seus objetivos é de oferecer uma tribuna para resolver os conflitos mundiais. Atualmente, o objetivo do Fórum Econômico Mundial é de "integrar os dirigentes dos setores político, econômico e social em uma comunidade que atua na escala planetária com o objetivo de melhorar o mundo, além do bem-estar e da prosperidade da humanidade".
Organização
O Fórum é uma organização não-governamental (ONG). Baseada em Genebra, ela é dirigida por quatro pessoas e conta cerca de 280 assalariados. Recentemente, ela abriu dois novos escritórios, um em Nova York e o outro em Pequim.
A administração do Fórum de Davos é coordenada pela Publicis Live, uma sociedade dirigida conjuntamente pelo grupo de comunicação Publicis e pelo francês Richard Attias.
Encontros
A cúpula que é organizada anualmente em Davos, durante a última semana de janeiro, e da qual participam 2.400 pessoas, é a manifestação mais emblemática do WEF, mas ela deixou de ser a única. Em 2007, um outro fórum anual viu a luz do dia, desta vez na China. Este novo evento está dirigido aos "novos campeões da economia mundial".
Além do mais, o WEF também organiza fóruns regionais na Índia, no Oriente Médio, na América Latina, na Turquia e na Rússia, mas estes não se repetem necessariamente todo ano.
Montagens de redes
O WEF vem multiplicando as redes. Por iniciativa da sua organização, homens de negócios árabes se reúnem uma vez por ano. As mulheres líderes contam com a sua própria estrutura. As empresas também se reúnem em margem da cúpula de Davos – e beneficiando da mais completa discrição –, distribuídas por setor de atividade. Existem atualmente 17 setores (automóvel, energia, etc.).
Preocupado em valorizar a transparência, e também interessado em dispor de contatos, o WEF reúne duas vezes por ano uma centena de dirigentes dos meios de comunicação (editorialistas, blogueiros, etc.).
Descoberta de talentos
O WEF não quer limitar-se a reunir os "dirigentes do mundo" de hoje. Ele quer também detectar aqueles de amanhã. Para tanto, três "comunidades" foram criadas: as empresas de crescimento – 138 sociedades internacionais cuja atividade vem crescendo em mais de 15% por ano, e cujo faturamento situa-se entre US$ 100 milhões (R$ 180 milhões) e US$ 2 bilhões (R$ 3,6 bilhões) –, as pioneiras tecnológicas (38 pequenas sociedades foram selecionadas em 2008), e cerca de 250 "jovens líderes" detectados a cada ano.
Engajamento social
Interessado em se diferenciar da imagem ultraliberal que lhe é atribuída com freqüência, o Fórum criou a Fundação Schwab. Atuando em parceria com veículos da mídia, a Fundação premia num grande número de países o "empreendedor social do ano" e o faz beneficiar dos seus serviços.
Além do mais, o WEF desenvolve múltiplas iniciativas contra a fome no mundo, a pobreza, as desigualdades no acesso aos recursos informáticos e tecnológicos, ou ainda em favor da educação.
Publicações
Todo ano, o WEF publica um grande número de estudos. Aos poucos, o seu relatório anual sobre a competitividade dos países vem se impondo como uma das referências na área.
Uma atividade intensa, para resultados nem sempre satisfatórios
Cerca de quarenta anos depois da sua fundação, o World Economic Forum é, à primeira vista, um sucesso incontestável. Mais de 2.400 personalidades disputam espaços em Davos. Klaus Schwab, o seu fundador, é considerado como um visionário. Logo no final dos anos 1970, empreendedores chineses foram convidados a participar do evento. Em 2006, a escolha da Índia como "convidada de honra" revelou-se sensata. Mal aquela edição do Fórum havia sido encerrada, o gigante da siderurgia Mittal lançou a sua oferta pública de compra do europeu Arcelor, uma operação que iria simbolizar o novo equilíbrio do mundo.
Por sua vez, os militantes anti-Davos parecem ter "sossegado o facho". O Fórum Social Mundial que se reuniu no Brasil a partir de 2001 optou em 2005 por "descentralizar- se". Em 2008, as suas iniciativas estarão concentradas num único dia, sábado, 26 de janeiro.
Contudo, "o espírito de Davos" ainda não ganhou a partida. Primeiro, porque o objetivo inicial do Fórum era de estabelecer um contrapeso europeu em relação ao poderio econômico absoluto dos Estados Unidos. Atualmente, americanos e asiáticos dominam amplamente as atividades do Fórum. Acima de tudo, os dirigentes do WEF reconhecem que o mundo está se tornando cada vez mais incerto. Com isso, o seu objetivo – "tornar o mundo melhor" – está longe de ser alcançado.
Uma pesquisa de opinião, que foi realizada no final de 2007, por encomenda do Fórum de Davos, junto a 61.000 pessoas em 60 países, pelo Instituto Gallup, confirma o pessimismo ambiente. Cerca de 50% das pessoas interrogadas se disseram convencidas de que o mundo estará menos seguro num futuro próximo do que hoje. Para solucionar os problemas, as pessoas interrogadas dizem confiar em primeiro lugar nos professores (34%), nos líderes religiosos (27%), na polícia e no exército (18%), nos jornalistas (16%), nos magistrados (15%), nos patrões (11%), nos sindicalistas (10%) e, por último, nos responsáveis políticos (8%).
Tradução: Jean-Yves de Neufville

11.1.08

Enfim uma mudança!

(Santa Rita)
Depois de décadas de abandono e esquecimento pelos "poderes públicos" as comunidades de Santa rita, Baixa fria e adjascências, localizadas nos bairros de São Marcos e Pau da Lima está sujeita a uma melhoria estrutural, com o que diz respeito ao saneamento básico, criação de estradas para acesso da coleta de lixo, ambulâncias...Promessas de áreas de lazer, escola... Enfim, isso decorre diante de anos e anos de atuação e luta das associações de moradores e lideranças influentes destas localidades. Nós da FLC, desde já estamos envolvidos nessa empreitada(que até então, se encontra em papéis) juntamente as associações e líderes, fiscalizando e cobrando o andamento dessa obra, respeitando a autonomia das organizações envolvidas.

PAC LIBERA R$ 36 MILHÕES PARA OBRAS EM SALVADOR¹

A liberação dos recursos aconteceu durante a solenidade de lançamento na Bahia do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Teatro Castro Alves. O prefeito João Henrique fez um discurso de agradecimento ao presidente, dizendo que o governo federal tem sido um aliado intransigente em defesa da população.

A Prefeitura de Salvador vai receber R$ 36 milhões que serão investidos na execução de projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal da Habitação (Sehab) em obras de saneamento básico, habitação e vias de acesso, inicialmente nas comunidades de Baixa Fria, Baixa de Santa Rita e São Marcos, bairro de Pau da Lima. Os recursos foram anunciados hoje à tarde (dia 12) no palco principal do Teatro Castro Alves, durante assinatura do convênio entre o prefeito João Henrique e o ministro das Cidades, Mário Fortes, durante a solenidade de lançamento, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Estado da Bahia, que receberá investimentos de aproximadamente R$ 1, 37 bilhão.

Além de Salvador e Região Metropolitana, foram assinadas as liberações de recursos para investimento em habitação e saneamento básico em outros cinco municípios com mais de 150 mil habitantes, e sete de menor porte. As prioridades na Bahia são a ampliação do sistema de esgotamento sanitários da RMS, despoluição da Baía de Todos os Santos, erradicação de palafitas, construção de moradias em áreas de risco e revitalização do Rio São Francisco. A secretária da Habitação, Ângela Gordilho, disse que as obras que a Prefeitura realizará em São Marcos, nas baixas Fria e de Santa Rita serão no formato urbanização integrada, com toda a participação dos moradores, e serão executadas em parceria com a Superintendência de Urbanização da Capital (Surcap), órgão vinculado à Secretaria de Transportes e Infra-Estrutura (Setin). "A urbanização integrada envolve diretamente duas mil famílias, e indiretamente outras seis mil", lembrou

Serão feitos nessas comunidades serviços de drenagem de canais, habitações, equipamentos comunitários, áreas de lazer, escadarias. "O aporte dos R$ 36 milhões do PAC vem se somar a R$ 10 milhões que já foram repassados para esse projeto, somando um total de R$ 46 milhões de investimentos no plano piloto de um programa da Sehab chamado Plano de Bairros", disse Ângela Gordilho. 1-http://www.sehab.salvador.ba.gov.br/Noticias/20070712.htm